A propósito do texto "Covardia" de José Gomes Ferreira
Grupo: Bernardo, Maria Inês, Pedro e Sónia (9ºA)
O Sinaleiro chega ao cais, trazendo uma criança aos seus ombros, e dirige-se à Barca Infernal.
Diabo – Quem sois vós?
Sinaleiro – Suponho que seja apenas mais um a chegar aqui sem atingir os seus objetivos.
Diabo – E que fazeis com essa criatura aos ombros?
Sinaleiro – De que criatura falais vós? Da doce criança de que me faço acompanhar?
Diabo – Sim, mas adiante. Há pouco, falaste de uns objetivos por atingir…
Sinaleiro – É verdade. Há cerca de um ano, um anjinho para esta terra passou. Esse anjinho era o meu filho e nunca mais o voltei a ver…
Diabo – Já me lembro desse traquina. Anjinho? De anjinho não tinha nada. E, por isso, aqui embarcou. Vem comigo e eu juntar-vos-ei.
Sinaleiro - Se é essa a condição, estou disposto a sacrificar-me.
Parvo – (aparte) C’um caneco! Este palerma está a iludir-se. Como se alguma vez o Diabo fosse dizer uma única verdade!.
Quando o sinaleiro se prepara para entrar na Barca Infernal, o Parvo intervém.
Parvo – Houlá, burro de carga! Está quieto!
Sinaleiro – Quem? Eu?
Parvo – Sim, tu! Acreditas mesmo que esta besta está a contar a verdade? Que a tua criancita entrou nessa barca da aldrabice?
Sinaleiro – Porque mentiria ele? O que ganha com isso?
Parvo – Mais uma alma para a sua prisão.
Sinaleiro – Como podereis ter tanta certeza?
Parvo - Vem comigo até à barca do sonho e verás.
O Sinaleiro e o Parvo dirigem-se à Barca da Glória.
Sinaleiro – Então, é verdade o que ele me disse? O Diabo mentiu-me?
Anjo – Sim, ele mentiu-te. A alma do teu amado filho não embarcou com ele. Aquela pura criança foi merecedora do Céu e por isso embarcou na Barca da Glória.
Sinaleiro – Oh, muito obrigado. Poderei ir ter com ele?
Anjo – Sim, tu és puro, honesto e merecedor do Pparaíso, por isso virás comigo e eu levar-te-ei ao teu adorado filho.
Sinaleiro – Que felicidade! Mal posso esperar por vê-lo. Não sei como lhe agradecer.
Anjo – Não tens que agradecer. Fizeste boas opções durante a tua vida. Foste paciente e bondoso, quando todos te julgavam e assim marcaste o teu caminho até aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário