terça-feira, 26 de outubro de 2010

A viagem da vida



A viagem da vida:
incerta e definida,
qual milhafre divino
em busca do seu destino
- que há-de encontrar,
por terras perdidas
ou lá longe no mar.


Nascida, criada
a vida esvoaçante
por milagre tocada.
Voa livremente.
Voa sem asas.
Voa diligente.
Voa deambulante,
sem limite aparente.
Vemo-la passar:
nasce, voa
e cai latente.

Sara da Costa Tavares

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Foi um sonho que eu tive


Foi numa noite de lua cheia
Que embalada pelo silêncio
Adormeci na erva molhada
A olhar o céu enfeitiçada.

Surgiu uma bela ave
Que me sobrevoou o pensamento
Indo pousar numa arquitrave
Dum antiquíssimo convento.

O seu cântico sugestivo
De sons agudos bem afinados
Surgia como chamamento
Para entrar naquele lugar assombrado.

Entrei pela porta entreaberta
Em busca de coisas desconhecidas
A pouca luz era música
Para a valsa das sombras perdidas.

Acordei com o sol a raiar
Na minha face rosada
Triste por não ter encontrado
Algo para recordar.

Fátima Rocha

Este poema, escrito o ano passado pela Fátima, teve como ponto de partida o primeiro verso de um poema de Miguel Torga, Brinquedo.

domingo, 10 de outubro de 2010

Ilustres escritores,

Sejam bem vindos!

Este é o lugar das vossas histórias, dos vossos poemas, de tudo o que quiserem partilhar connosco. É aqui que vamos ler o que escreverem e que vamos lê-lo em primeira mão.
E dentro de algum tempo, cruzar-nos-emos com os vossos nomes, os vossos livros, nos escaparates de todas as Bertrands e hipermercados do país, de todas as Fnacs do mundo, de todas as livrarias on line...
E dentro de 15... 20 anos..., seguiremos emocionados a notícia da atribuição de mais um Nobel da literatura. O vosso Nobel.
Por agora, ficamos à espera que escrevam.