terça-feira, 9 de agosto de 2011

O Guarda da Praia


Um dos trabalhos propostos no vosso PIL era a continuação da história lida. A Rita, do 9º B, imaginou assim a continuação de "O Guarda da Praia" de Mª Teresa Maia Gonzalez.


"Voltei a dobrar a folha e guardei-a no cofre, que fechei à chave. O mar chamou-me bem perto dos pés. Olhei em frente até me perder na linha azul ao fundo, à procura do Sol que se escondera. Definitivamente.”

Na esperança que esse Sol volte a brilhar junto a mim, encontro-me eu. Sinto uma saudade infindável de todos os momentos que passámos juntos.
Aquela sua promessa de regresso tranquiliza-me pois tenho a certeza que o Dunas era incapaz de me deixar. Era impossível que aquela relação de mãe e filho, quase verdadeira, que tínhamos desaparecesse. Nem que um milénio passasse.
Subitamente, sinto-me invadida pela necessidade de corresponder ao meu amigo. Como escritora, um lápis e uma folha de papel são os meus melhores amigos.
Sem mais nada, dou asas aos meus sentimentos e transcrevo-os para o papel:

Querido Dunas,
Li a carta que me deixaste, com a melancolia própria da saudade.
Voltei para te fazer a minha prometida visita e deparei-me com a tua ausência.
Porém, não poderia deixar de vir a este lugar tão especial, que é só nosso. Num gesto irreflectido, escavei e acabei por encontrar o teu cofre para mim destinado. Não sei o porquê, mas tinha uma certeza súbita de que algo me aguardaria. Com certeza, tu o saberás.   
Com a tua concha na mão, ganhei coragem, abri o cofre e desvendei as tuas palavras tão puras e belas quanto tu, meu amigo.
Espero que agora a tua vida corresponda realmente ao que tu mereces e sejas muito feliz.
O meu livro está acabado e espera, com todo o gosto, a tua leitura. 
Mal voltes, visita-me! Sabes onde me encontrar. Viverei na casa da praia, pelo menos até ao teu regresso, aí da América … Estarei eternamente à tua espera, pois o sentimento que se instalou em mim por ti é de um amor sem limites, tal como o de uma mãe para com o seu filho.
Guardarei para sempre tudo o que me deixaste com muito carinho e levarei sempre comigo a tua concha, pois sei que me vai dar sorte.
Nunca me esquecerei de ti e espero que também não me esqueças.
Gosto muito de ti, meu querido Dunas.
Um beijo com muito carinho da tua amiga
                        Concha
                                                                                                           
E são estas as minhas palavras para o meu querido Dunas, que espero não serem as últimas. Abro, de novo, o cofre, dobro a folha e enterro-a dentro do cofre, exactamente no mesmo sítio para que ele a possa encontrar.
 Esse é o meu único interesse neste momento…

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